quarta-feira, 10 de novembro de 2010

População & Educação na década de 80

O século XX foi o único da história em que o número de jovens foi maior que o de idosos. Até a metade do século passado, o contingente de crianças com idade inferior a 5 anos era maior que a de pessoas com mais de 60 anos.
A década de 80 no Brasil foi um período de significativas mudanças e de novos ordenamentos no quadro político da nossa sociedade.
O início do processo de abertura política, após longo período de ditadura militar, possibilitou o surgimento de novas organizações da sociedade civil e da sociedade política.
A população foi mobilizada a participar dos destinos do Estado e de intervir-nos diferentes níveis de governo.
No entanto, o país embora vivenciasse essa efervescência de mudança, convivia e ainda hoje convive com grandes contrastes sociais e econômicos, fruto de um modelo de sociedade extremamente excludente, em que a maioria da população não tem acesso aos bens sociais básicos, entre estes, a educação, saúde, saneamento básico e habitação. O Brasil ocupa um dos primeiros lugares no mundo em concentração de renda, e um dos mais baixos lugares na qualidade de vida da população.
É neste contexto que nos anos 80, surgem novos atores no cenário político e social, através de organização de sindicatos, associações científicas e comunitárias, novos partidos políticos e organizações não governamentais que começavam a desenvolver ações que não eram assumidas pelo Estado.
Ao mesmo tempo são retomadas as campanhas para eleições diretas em todos os cargos eletivos, possibilitando a chegada a alguns Estados e Municípios de grupos que buscavam desenvolver políticas públicas voltadas para atender às necessidades e interesses da maioria da população.
Neste quadro, surgem vários movimentos e organizações que através da educação formal e não formal, procuram conscientizar os indivíduos da sua condição enquanto sujeitos de direitos e conseqüentemente de deveres. Era imprescindível que os indivíduos se apropriassem do instrumental e de mecanismos básicos para fazer valer os seus direitos, tendo na educação o seu principal veículo, uma vez que a educação é um dos principais instrumentos de formação da cidadania.

 O Brasil fechava a década de 1980 com uma nova Constituição. Uma vez instalada no dia primeiro de fevereiro de 1987 a Assembléia Constituinte produziu entre manifestações progressistas e conservadoras o que foi apelidada de Constituição Cidadã pelo que estabeleciam de garantia dos direitos individuais, políticos e universalização dos direitos sociais como saúde e educação (para todos). Durante os trabalhos da Subcomissão de Educação, Cultura e Esportes, as propostas encaminhadas e o debate acabaram por manifestar uma velha questão presente na História da Educação Brasileira conhecida pelo conflito de interesses entre os que defendem uma escola pública, laica e para todos e aqueles que são a favor da escola privada laica ou confessional ao lado da pública. Na verdade, esta não é uma questão menor, pois, enquanto aqueles que defendem a escola pública, laica e universal têm o propósito de ao garantir a todos a educação realizar neste âmbito a socialização do conhecimento historicamente e socialmente produzido, (um direito inalienável de todos) os defensores da escola privada, que entendem a educação não como um direito, mas, como um serviço a ser ofertado e comprado por quem por ele possa pagar, transportam a educação para o campo do mercado onde reina a lei da oferta e da procura.

Ao longo da década de 1980, os EUA sofreram um período de instabilidade econômica justificado, principalmente, por sua ineficácia em responder a novos concorrentes que surgiam no mercado internacional. Nessa década, países da Europa Ocidental e Ásia, como Alemanha e Japão, conseguiram impor produtos a um baixo custo de produção aliado a alta tecnologia. Consequentemente, a economia estadunidense passou a perder espaço para tais concorrentes nos mercados interno e externo.
Para compreendermos melhor esse e outros aspectos que marcam a histórica norte-americana nos anos de 1980, devemos nos reportar a transformação ocorrida no inicio dessa década. Nas eleições presidenciais de 1980, o candidato democrata Jimmy Carter não conseguiu se reeleger e, com isso, teve que passar o cargo presidencial para Ronald Reagan, que lideraria os EUA durante os oito anos subseqüentes.
Alcançando o final dos anos de 1980, os EUA se colocavam a frente de uma série de desafios a serem resolvidos pelo governo republicano de George Bush (1989 – 1993). 

Por: Lais Figueiredo

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